Seminário discute os efeitos do avanço tecnológico no mercado de trabalho
Os impactos da 4ª revolução industrial no mundo do trabalho foi o tema central do seminário comemorativo do Dia do Trabalhador, promovido pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) nos dias 26 e 27 de abril, em São Paulo.
O SINTUR, por intermédio de sua presidente Maria Rosalina B. Gonçalves (Rosa), participou do evento que recebeu, entre os palestrantes, membros da academia (professores, mestres e doutores), especialistas em economia, finanças públicas e ciência política. Unânimes, eles, assim como as lideranças sindicais, enfatizaram que a introdução de novas tecnologias no mundo do trabalho tem sido, ao longo dos anos, responsável pela elevação dos índices de desemprego.
De acordo com pesquisa realizada em 46 países, 60% das ocupações têm pelo menos 30% de tarefas com potencial de automação. Os dados também revelam que 15% das funções atuais, na média, serão substituídas ou eliminadas com maior incidência em economias mais avançadas.
“Uma reforma criminosa”, classificou o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, endossado pelos sindicalistas, entre eles a presidente do SINTUR. Para eles, as mudanças têm como objetivo enfraquecer o Movimento Sindical e, consequentemente, os trabalhadores.
Na opinião de Rosa, apesar do golpe sofrido, as entidades sindicais se mantêm na luta. “O SINTUR, assim como diversas entidades, está trabalhando com limitações, mas cumprindo seu papel. A luta é árdua – sempre foi –, mas o enfrentamento é necessário para coibir qualquer tentativa de rebaixamento da condição e dignidade do cidadão trabalhador”, conclui ela, acrescentando, ainda, que o 1º de Maio, neste ano, serviu de inspiração para um maior engajamento na luta pela garantia dos direitos trabalhistas.